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Destaques
Além do carbono: metano, saberes tradicionais e os dilemas reais da crise limática
NaqīLetter — Volume #01
Por Victoria Alves
e Pedro
Azevedo Boreck, fundadores da NaqīKarbon.
Enquanto negociações globais traçam compromissos, decisões locais definem quem lida com as emissões: a NaqīLetter nasce para traduzir esse encontro — entre emissões, captura e território — em análises acionáveis.
Hoje, enquanto líderes mundiais se reúnem na conferência da
ONU (United
Nations) para debater conflitos, clima e seus impactos no cotidiano de
bilhões de pessoas, inauguramos oficialmente a NaqīLetter pela página da NaqīKarbon. Em
meio a discursos e compromissos internacionais, nossa newsletter chega para
articular o que esses grandes debates significam aqui — no Brasil, na floresta,
nas cidades e nos territórios periféricos.
Da Amazônia às cidades, um retrato dos dilemas climáticos
que moldam nosso futuro imediato.
Em um mês em que dados e decisões públicas se chocam com
territórios e vidas, a NaqīLetter reúne quatro frentes onde a crise climática
se faz prática: o metano — uma oportunidade de mitigação em curto prazo; o
desenho do mercado de carbono na Amazônia; a perda de cobertura vegetal urbana
em São Mateus; e a necessidade de uma ciência que escute outras epistemologias.
Juntas, as peças desenham um mapa de riscos e soluções com um fio condutor: é
tempo de traduzir intenções em medidas técnicas e democráticas mensuráveis.
Reduzir metano corta aquecimento com rapidez; precificar
corretamente o carbono pode financiar a floresta — ou consolidar novas formas
de apropriação; decisões sobre resíduos urbanos afetam saúde e justiça
ambiental; e políticas que desconsideram saberes locais perdem eficácia. As
escolhas feitas agora — entre fiscalização por satélite, contratos de carbono,
expansão de aterros ou modelos participativos — definirão quem ganha e quem
perde nas próximas décadas.
Essas quatro frentes não estão isoladas: formam um mesmo
tabuleiro em que o clima pressiona, governos respondem de forma fragmentada e
comunidades vivem as consequências em tempo real. A seguir, reunimos o apanhado
crítico das discussões que atravessaram o último mês, acompanhe:
O gás metano é 80 vezes mais nocivo que o CO²; entenda
como ele é responsável por cerca de 30% do aquecimento global
Metano: a “vitória rápida” que o mundo deixa em atraso.
As emissões antropogênicas de metano respondem por
aproximadamente 30% do aquecimento desde a era pré-industrial. No horizonte de
20 anos, sua capacidade de aquecimento por massa é ~80 vezes superior a do CO₂
— o que torna sua redução uma das alavancas mais eficientes para desacelerar o
aquecimento de forma visível e relativamente rápida.
Ferramentas de detecção por satélite já localizam
“super-emissores”, e intervenções de baixo custo — reparar vazamentos, capturar
biogás em aterros, otimizar manejo de esterco — podem entregar benefícios
climáticos e de saúde pública rapidamente. O desafio é transformar tecnologias
e compromissos em políticas coordenadas e fiscalização constante.
O que fazer já (resumo): mapear riscos locais;
combinar satélites com sensores; priorizar reparos e captura de biogás.
Veja os cenários de risco e oportunidade no texto completo →
O gás metano é 80 vezes mais nocivo que o CO²; entenda como
ele é responsável por cerca de 30% do aquecimento global | LinkedIn.
Bioeconomia na Amazônia: como o mercado de carbono pode
salvar memórias — ou repetir velhos erros
A valorização do carbono capturado pela floresta pode gerar recursos transformadores para o Brasil — desde que os mecanismos não reproduzam modelos extrativistas. Modelos e estimativas mostram potencial econômico e climático, mas há um alerta central: sem salvaguardas sociais e controle público, mercados de carbono podem concentrar ganhos fora do país e esvaziar saberes locais.
O diagnóstico é claro: bioeconomia genuína nasce da floresta
e de seus povos, não de soluções aplicadas de fora para dentro. Governança,
consentimento e distribuição de valor são pré-condições.
Quando o verde dá lugar ao cinza: a ameaça às quase 63
mil árvores de São Mateus — e o peso do racismo ambiental
“Cada árvore suprimida representa uma redução na capacidade
natural de mitigação de ilhas de calor, controle de inundações e proteção da
biodiversidade local.”
O projeto de ampliação do aterro em São Mateus ameaça quase
63 mil árvores nativas e em recuperação — um corte que não se resume a um
balanço de hectares, mas a perdas em sombreamento, regulação térmica, retenção
de água e qualidade do ar. O caso expõe um padrão de injustiça ambiental: áreas
periféricas e já deficitárias concentram mais riscos e menos benefícios.
Alternativas técnicas — educação ambiental, biodigestão,
triagem, coleta seletiva qualificada — podem reduzir a pressão sobre o aterro;
o que falta, muitas vezes, é vontade política e investimento focalizado.
Entenda a ampliação e seus riscos na análise completa.
Interdisciplinaridade no enfrentamento da crise
climática: ciência & cultura em ação🌱
A crise climática é um fenômeno social, cultural e
biológico.
Projetos que separaram a biotecnologia das ciências sociais
perderam eficácia; políticas que não dialogam com saberes tradicionais
reproduzem injustiças. Uma bioeconomia que funcione exige epistemologias
plurais, governança adaptada e protagonismo local — não apenas métricas
impostas.
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| Imagem por: BurrenLife Project |
Acesse a revisão aprofundada realizada pelos fundadores da NaqīKarbon aqui.
A agenda é técnica e política: cortar metano para ganhos
rápidos, desenhar mecanismos de carbono que respeitem povos e soberania,
priorizar soluções de resíduos que preservem cobertura verde e construir
políticas a partir do diálogo entre saberes.
A NaqīLetter traz uma visão crítica sobre os debates
inerentes ao Mercado de Carbono. Se fez sentido para você, compartilhe com quem
precisa estar nessa conversa.
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LEIA TAMBÉM:
21 de setembro — Dia da Árvore: celebrar ou contabilizar
perdas?
O Dia da Árvore poderia ser apenas uma data simbólica. Mas
em 2025, ela coincide com o debate sobre a derrubada de quase 63 mil árvores
em São Mateus, periferia de São Paulo. A ironia é cruel: enquanto se celebra a
importância do verde, políticas públicas tratam árvores como entraves a
projetos de expansão urbana.
“Não é uma questão de paisagismo. É de saúde pública, de
justiça climática e de quem tem ou não o direito de respirar ar mais limpo.”
📌 A data deixa, portanto,
uma pergunta que vale mais do que qualquer ato comemorativo: quantas árvores
precisarão ser derrubadas até que políticas urbanas passem a tratar áreas
verdes como infraestruturas essenciais?
Já conhece a Carbon QuickNotes?
Pegada Digital: sua atitude importa, mas sozinha não
salva o planeta
Sobre como pequenas ações importam — e porque não podem
carregar sozinhas a solução para a crise climática.
É inegável: nosso comportamento digital — desde enviar e
guardar e-mails até armazenar fotos e vídeos na nuvem — tem impacto ambiental.
Pesquisas e reportagens recentes lembram que a chamada “pegada digital” existe
e que dados armazenados em data centers consomem energia [...]
Continue lendo aqui.
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